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22 . Março

ChatGPT na Publicidade: ameaça ou amizade verdadeira?

Desenvolvida pela OpenAI, a ferramenta de IA funciona como um mecanismo de busca. Essa tecnologia é especializada em diálogo e é capaz de receber perguntas e respondê-las aos usuários. Além disso, o chatbot gera rascunhos de e-mail, poemas e textos acadêmicos, por exemplo.

Inicialmente, o ChatGPT foi bem recebido pela sociedade. O The New York Times o chamou de "o melhor chatbot de Inteligência Artificial já lançado para o público em geral".

A principal diferença dessa ferramenta em relação aos chatbots é sua capacidade mais ampla de oferecer respostas mais compreensíveis em decorrência de seu amplo repertório, o que permite responder, inclusive, a perguntas mais complexas.

Para gerar essas informações aos usuários, o software utiliza um amplo banco de textos disponíveis na internet, que inclui publicações jornalísticas, artigos e até mensagens postadas em redes sociais. Ao ter acesso a esse conteúdo, o ChatGPT armazenará as informações para que possa acessá-las em caso de dúvidas sobre determinado tema.

Qual é o problema do ChatGPT?
Apesar do sucesso, o uso da ferramenta levantou questões sobre os limites de aplicação da inteligência artificial. A sofisticação de suas capacidades pode representar desafios para diversos segmentos, como educação, segurança cibernética, e afetar a própria busca pelo conhecimento. A imprensa internacional também reagiu negativamente ao ChatGPT, notando a capacidade "alucinante" da tecnologia.

Uso do ChatGPT na criatividade
De acordo com um artigo da AdAge, os criativos estão recorrendo ao ChatGPT para gerar ideias para marcas, escrever resumos rápidos para clientes e criar esboços do TikTok.
Em seu nível mais básico, o chatbot se parece com um mecanismo de busca, mas pode ser mais sofisticado, dando às agências de publicidade um novo local para gerar ideias.

Craig Elimeliah, diretor de design de experiência da VMLY&R, defende que antes que alguém sugira que o ChatGPT está escrevendo anúncios publicitários originais ou que está prestes a substituir as agências de publicidade, não é isso que acontece. “Isso vai tornar as pessoas boas melhores”, diz Elimeliah. Contudo, o criativo enfatiza que "um computador não tem bom gosto", reforçando as expertises humanas e o timing que as máquinas são incapazes de operar.

Quem tiver uma visão mais apurada logo perceberá que os resultados são triviais ao avaliar os resultados dessa IA. Se você pedir a uma máquina para criar uma campanha de Natal para a Coca-Cola, dificilmente ela lhe dará outro conceito que não seja "felicidade", "magia" e "sabor", temáticas que a marca já explorou nessa temporada de festas.

Isso ocorre porque o aprendizado de máquina é baseado em retroalimentação. Os dados que coleta para construir suas respostas são retirados do histórico da marca. Se a Coca-Cola trabalha sempre com os temas felicidade, magia e sabor, então o resultado esperado segue nessa direção. Uma máquina ainda carece da capacidade de pensamento abdutivo que torna a criatividade humana tão incrível.

Pode ser que no futuro a inteligência artificial se torne cada vez mais inteligente e consiga superar sua trivialidade. Por enquanto, é necessário reconhecer seus pontos fortes e suas limitações. Por um lado, a ferramenta funciona como um manual interativo de modelos estratégicos e criativos, que atua não só para a criação publicitária, mas também para o desenho de campanhas como um todo, e oferece ao usuário um desafio de comunicação de última geração. Por outro lado, limita-se ao trivial e exige esforço crítico e criativo para que seus resultados sejam pontos de partida e não pontos de chegada. Ou seja, o ChatGPT ainda não substitui a criatividade publicitária humana, mas pode servir como base.

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